Do Zika ao novo coronavírus. Como surge uma epidemia? Como é estar no epicentro dela? O que acontece depois do surto? Essas são algumas perguntas que a jornalista Bia Guimarães e a bióloga Sarah Azoubel respondem em “Epidemia”, série do podcast 37 Graus e da Folha de S.Paulo.
Com lançamento na próxima terça-feira, 17, a série documental percorre a trajetória do Zika vírus no Nordeste e em outras partes do Brasil, fio condutor dos sete episódios que abordam impactos científicos, sociais e econômicos de uma epidemia. Desde a saga para identificar o novo vírus até as consequências do surto, anos depois que o assunto saiu das manchetes.
“Epidemia”, que terá um novo episódio lançado toda terça-feira em diferentes plataformas de áudio, compara ainda o caso do Zika vírus com outras doenças, como dengue, chikungunya, ebola, SARS, H1N1 e Covid-19, causada pelo recente coronavírus.
Na série, médicos contam da rotina dos hospitais e unidades básicas de saúde durante um surto, enquanto especialistas de diversas universidades e centros de pesquisa descrevem o caminho de uma doença que surge de forma silenciosa e se transforma em uma epidemia, criando uma corrida científica para evitar novas vítimas.
“O Brasil é o país com a maior diversidade de seres vivos no planeta. Consequentemente é o país com a maior diversidade de vírus no planeta”, afirma José Luiz Módena, coordenador do Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes da Unicamp, sobre epidemias futuras, um dos temas abordados na série.
Histórias do zika
Bia Guimarães e Sarah Azoubel criam cenários sonoros levando o ouvinte para dentro de hospitais, laboratórios e para o dia a dia de pessoas afetadas pela zika. A doença chegou ao Brasil há quase seis anos, mas só alcançou as manchetes quando os casos de síndrome congênita do Zika começaram a aparecer no Nordeste do país, no final de 2015.
“Até o dia do nascimento, eu pensava que minha filha seria uma criança que ia levar a vida normal, sem nenhuma deficiência, e eu continuaria trabalhando, só procuraria uma creche para deixá-la. Esses eram os planos. Até o dia de ela nascer”, conta uma das entrevistadas da série, a pernambucana Germanny Gracy, demitida após a filha ser diagnosticada com microcefalia, um dos sinais da síndrome congênita do Zika.